Hoje, tenho a dizer, é um dia mau. É um ponto baixo da montanha russa da vida.
É no entanto, um momento de elevada clarividência. Vejo realidade em demasia.
Torna-se claro para mim, em dias como estes, que nós somos na realidade todos constituídos por uma matéria fecal e egoísta, que apenas permite a realização do próprio.
Torna-se evidente que a solidão é uma forma de medo, das mais primitivas que existem. Sentimo-nos sós quando vamos a caminhar numa rua escura e abandonada, com o medo de que algum monstro ou criminoso nos desfaça e nos tire algo precioso.
É óbvio que só temos pena de alguém, porque nos dá um imenso medo poder estar nessa situação.
O amor torna-se uma vez mais, uma nulidade, uma bengala, um truque, uma ilusão, uma manha ... uma necessidade?
...
Conseguirá alguém ser feliz, vivendo fora do reino da fantasia?
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