sábado, fevereiro 20, 2010

Jogo da cadeira

Temos que nos despachar a arranjar uma alma-gémea (ou algo parecido), senão acabam-se as cadeiras confortáveis e ficamos sentados no chão. Quem se senta, no entanto, é provável que nunca mais se levante, e aí deposite os seus restos mortais.

Neste jogo confesso, poderei perder, até porque falta-me a vontade de o jogar. Não me sentarei no chão no entanto. Irei mostrar o meu dedo do meio aos ávidos jogadores, lhes sugerindo que virem as cadeiras de pernas para o ar e se voltem a sentar nelas.

Vou procurar outros desafios. Jogos mais aliciantes. Jogos que não envolvam apodrecer num pedestal dourado. Jogos que me façam sentir vivo.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Ciúmes

ciúme
s. m.
1. Receio ou despeito de certos afectos! alheios não serem exclusivamente para nós.
2. Inveja.
3. Receio.

Parece que estou num pesadelo que teima em não acabar. Um pesadelo que me persegue nos sonhos e fora deles.

Estou a morrer de ciúmes de uma pessoa que vejo no dia-a-dia, e não o consigo controlar. Simplesmente não consigo. Mesmo dizendo a mim próprio várias vezes que não existe uma explicação racional para o que eu sinto, essa sensação teima em me percorrer os membros de forma descontrolada. Irra!

Esta situação me fez repensar vários aspectos da minha vida, tal como a importância que essa pessoa foi tendo para mim nos últimos tempos. Uma importância demasiado grande para alguém que nunca poderá estar demasiado perto de mim.

Fez-me pensar que eu preciso de alguém com possa partilhar as minhas aventuras, os meus pensamentos, ou seja, alguém que me dê a a afirmação de que eu sou realemnte importante, ou que ao menos me faça sentir assim.

Preciso de alguém que me afirme. Preciso alguém que me apoie. Preciso de alguém que ouça.

Procurarei ajuda num consultório de psicologia. Pois por ora, só aí conseguirei extravasar esta enchente de ideias, pensamentos e loucuras que fermento dentro de mim.




Hoje percebo a palavra que vem no dicionário. Hoje percebo o ciúme.