sexta-feira, outubro 29, 2010

Back to Black

Às vezes odeio-me pela minha fraqueza. Hoje é um desses dias.

Fraquejei ao ceder ao ciúme (ou medo se preferirem, pois o ciúme nada mais é que uma demonstração horrível do medo), fraquejei por o tentar encobrir, tentando desesperadamente arranjar uma companhia para esta noite. Creio que é fácil saber qual foi o resultado de tal demanda.

O engraçado é que no meio disto tudo, eu conseguia saber à priori que este avanço encolerizado não me ia levar a lado nenhum, pois é certo e sabido que a única maneira de atrair o sexo oposto é através de um jogo doente em que é preciso fazer o outro pensar que não estamos desesperados por uma noite de sexo louco e selvagem, que, curiosamente, é o que eu mais quero neste momento. Simplesmente esse acto animal e grotesco, algo que me faça enviar os meus pensamentos para longe, muito longe.

Felizmente não lancei balas para todos os sentidos, e ainda existem membros do sexo oposto que me vêm com algum valor sexual. Posso estar enganado, mas pelo que a minha experiência me tem dito ultimamente, não estou.

Tudo isto me indica que preciso mesmo de ajuda profissional para desfazer os nós que persistem na minha cabeça. São estes nós que me prendem, que me estão a matar lentamente por dentro.

Numa palavra: ridiculo.
Em duas palavras: totalmente ridículo.