sexta-feira, dezembro 24, 2010

It's Showtime

Antes de mais nada, odeio o Natal. Continuo a odiar o Natal.

No entanto, tenho agora uma oportunidade, uma viagem que poderá mudar algumas coisas para melhor, tudo depende de mim. Sinto-me como se estivesse a 1 hora de entrar em palco, no qual eu vou solar. Mas, na verdade, até agora correu sempre bem, apesar dos nervosismos. Basta ir em frente e fazer, não há grande ciência. Desejem-me sorte leitores imaginários!

domingo, novembro 14, 2010

100 Vidas

Confrontei-me hoje com um velho hábito meu de querer fazer tudo ao mesmo tempo e ao mesmo tempo não fazer nada. Perguntei-me de novo o porquê dessa azáfama e pânico para poder fazer o máximo possível com o tempo disponível. Como sempre, a minha resposta foi a de querer aproveitar ao máximo desta vida, que tanto tem de bonita como de efémera.

No entanto, e pela primeira vez, dei sequência a este diálogo interior e voltei a perguntar-me o que faria se eu soubesse que teria mais 99 oportunidades para refazer a minha vida, isto é, após morrer, teria a oportunidade de fazer um reset, e voltaria a viver tudo de novo. 100 oportunidades diferentes, 100 vidas diferentes.

Com 100 oportunidades, porquê me ralar em tentar fazer tudo o que gosto (ou gostaria de fazer) numa só?  Teria outras tantas para prosseguir caminhos diferentes e, provavelmente, teria 100 vidas bastante bem sucedidas, porque em cada uma delas me iria apenas focar num aspecto do meu gosto.

O engraçado disto é que eu já me senti com 100 vidas, mas isto foi em criança. De certeza que todas as crianças se sentem assim: imortais, imunes, maiores que a vida, com N vidas.

Como provavelmente não vou ter 100 vidas, o melhor mesmo é pensar como se tivesse mesmo.

quarta-feira, novembro 10, 2010

Bitchy Whore Post Count + 1

Estou extremamente desiludido, deprimido, sinto-me uma merda. Parece que hoje tudo me consegue abater, é horrível. Sinto-me um autentico falhado e que ninguém quer saber de mim. Parece que todos conseguem estar na sua festa fixe e privada mas que nunca há lugar para mim, pois eu sou o falhadito.

Claro que, isto está tudo na minha cabeça, e o mais parvo disto tudo é que a minha percepção da realidade está muito provavelmente toldada. Só me apetece fugir para longe. Merda!

Sinceramente, até este post me envergonha.

sexta-feira, outubro 29, 2010

Back to Black

Às vezes odeio-me pela minha fraqueza. Hoje é um desses dias.

Fraquejei ao ceder ao ciúme (ou medo se preferirem, pois o ciúme nada mais é que uma demonstração horrível do medo), fraquejei por o tentar encobrir, tentando desesperadamente arranjar uma companhia para esta noite. Creio que é fácil saber qual foi o resultado de tal demanda.

O engraçado é que no meio disto tudo, eu conseguia saber à priori que este avanço encolerizado não me ia levar a lado nenhum, pois é certo e sabido que a única maneira de atrair o sexo oposto é através de um jogo doente em que é preciso fazer o outro pensar que não estamos desesperados por uma noite de sexo louco e selvagem, que, curiosamente, é o que eu mais quero neste momento. Simplesmente esse acto animal e grotesco, algo que me faça enviar os meus pensamentos para longe, muito longe.

Felizmente não lancei balas para todos os sentidos, e ainda existem membros do sexo oposto que me vêm com algum valor sexual. Posso estar enganado, mas pelo que a minha experiência me tem dito ultimamente, não estou.

Tudo isto me indica que preciso mesmo de ajuda profissional para desfazer os nós que persistem na minha cabeça. São estes nós que me prendem, que me estão a matar lentamente por dentro.

Numa palavra: ridiculo.
Em duas palavras: totalmente ridículo.

quinta-feira, setembro 30, 2010

Valores

Por vezes, quando estou na minha bolha de pensamentos autista, penso que faço parte de uma espécie em vias de extinção, ou que pelo menos tem muitos poucos espécimes. Essa espécie é a das pessoas com valores, que respeitam os outros, que realmente estimam o próximo.

Mais ainda, penso que só consigo encontrar essa rara espécie em pessoas que eu consegui de certa forma moldar ou que simplesmente aparecem do nada.

Normalmente tento procurar esta espécie em pessoas mais reservadas, que já tiveram alguns problemas graves no seu passado (e que os conseguiram superar). No entanto, nesta amostra podem-me sair dois tipos de pessoas: os que se querem vingar do que lhes já foi feito, usando o mal sofrido contra outros seres inferiores, ou então aparecem os tais diamantes: as pessoas com valores!




Se não encontrar ninguém decente para ter dois dedos de conversa decentes e não sinta que tenha de estar constantemente com o pé atrás, pois bem, antes sozinho que mal acompanhado.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Simplex

Há pessoas que passam uma vida inteira a tentar compactar uma biblioteca numa única e pequena equação. A equação do universo (ou dos multi-versos).

Uma música memorável, uma imagem que nos faz viajar ou aquele pequeno texto genial que nos ficou na cabeça. Será que não são fruto de um igual trabalho?

quinta-feira, setembro 09, 2010

Paixão

Apaixonei-me na última semana. 5 vezes. Mas apenas a última ficou. Foi como uma música triunfal que começou num pianíssimo misterioso e acabou num fortíssimo que nos leva as lágrimas aos olhos.

Apenas a paixão ficou e agora peno com as minhas fantasias e arrependimentos, pois não soube como agarrar algo que eu estava certo que queria.

Tudo à minha volta parece ter mudado. As músicas soam de outra forma, as histórias ganham um novo sentido e passo o dia a debater-me se o que aconteceu foi real e, de certa forma, gostava de ter a certeza que foi tudo uma ilusão, pois todos os "talvez" me matam por dentro.

O engraçado é que esta deve ser a segunda vez na minha vida que sinto algo tão fantástico, tão bonito e arrebatador, mesmo sabendo que a primeira não tenha passado de uma esperança irrealizável.


Tenho medo que isto me passe e tenho medo que continue assim.

sexta-feira, julho 23, 2010

Palavras

O Miguel Sousa Tavares disse uma coisa que me deixou a pensar. Era algo do tipo: as palavras que escrevemos são aquelas que nos poupámos a dizer. Dá que pensar não é?

Acho isso engraçado, na medida em que 90% dos pensamentos que partilho com vocês (o meu público vazio da Internet), eu jamais os proferi em voz alta para quem quer que fosse. Agora vem a parte melhor: e as pessoas que eu conheço (ou que penso que conheço)? Que palavras já escreveram? Muitas? Poucas? Profundas? Mundanas?

O que tiro daqui? Mais um método que me parece bastante bom para se poder decifrar um pouco mais a alma das pessoas com quem eu convivo. O método é muito simples. Basta perguntar a essa pessoa se escreve muito. Atenção que a pergunta não é SE escreve, mas QUANTO escreve. Porque, se não escreve, é provavel que nem haja a necessidade de fazer a pergunta em primeiro lugar. E há uma pessoa, uma daquelas especiais, que merece esta pergunta. Mas isso deixo para outras núpcias.

Veneno

Há pessoas que são como o veneno de cobra. Se convivemos algum tempo com elas, nos sentimos rejuvesnecidos e curados do tédio da rotina. Mas se as continuamos a consumir a partir desse ponto, acontece exactamente o contrário, e ficamos ainda mais miseráveis do que já estávamos.

sexta-feira, julho 09, 2010

quinta-feira, julho 08, 2010

Vidas (não, não é sobre a maravilhosa revista de vaidades)

É uma sensação terrível chegar a casa, sentar-me, e chegar à conclusão de que não tenho vida.

Ironias

Em petiz, fui uma vez à farmácia perguntar se não vendiam algum tipo de medicamento para poder ficar mais branco, pois já não aguentava a minha diferença. Hoje, todos invejam a minha pele, e antes preferem apanhar cancro e ficar em pele viva, do que ficar pálidos e de aspecto (supostamente) pouco saudável.


Quando o negro era sinónimo de escravo, animal e ralé baixa, ninguém queria ter a pele escura. Anos passaram e enquanto a raça negra ainda sofria desse estigma, e de outros adquiridos pelos actos de vandalismo assoiados aos mesmos, a moda continuou. Ter a pele o mais branquinha possível, um branco cadáver se possível, era aconselhável e era um passaporte para o domínio da beleza ocidental. A melhor ilustração para este ponto é sem dúvida o Michael Jackson.

Os tempos mudaram, e se começaram a traçar pazes entre o escravo e seu dono. Com a baixa de guarda da raça ariana, eis que chega a vingança. Com a razão de seu lado, os negros começam a culpabilizar os brancos pela falta de humanismo de seus antepassados, usando o medo como sua arma primordial. É genial, pois quem não tem medo de marginais? Eles têm pouco ou nada a perder, por isso nada os impede, ou assim se pensava. Eis que o mundo fica de pernas para o ar, e de repente temos brancos que desejam profundamente ser negros como a noite. Gangsta rap, lembram-se?

Poderá estar a chegar outro ponto de viragem, com a recente vaga de filmes, livros sobre vampiros. Más notícias para as pessoas que tanto investiram em solários e cremes auto-bronzeadores (só este nome já dá vontade de rir) que bem que se podiam chamar de lodos bronzeadores, pois quem os usa mais parece que levou com uma tempestade de terra em cima.


A vida é irónica não é?

terça-feira, junho 15, 2010

Inércia

Passaram uns largos tempos desde que eu anseio, depois de uma noite de farra ou de um evento, ver as fotografias do que passou.

Apercebi-me hoje que só há vontade de ver as fotografias quando o evento foi realmente diferente, novo e em que se aprendeu alguma coisa.

Conclusão? Estou a deixar-me levar pela maré e não estou a fazer nada de novo. Há quem se contente com isso. A mim incomoda-me e irrita-me.

Irrita-me não ser o primeiro, irrita-me não estar na vanguarda, irrita-me não ter valor acrescentado, irrita-me ficar bruto, irrita-me não me aperceber do que se passa lá fora, irrita-me estar ausente de experiências enriqueceras. Irrita-me quem eu sou hoje.

Apetece-me dizer que não sou metade do homem que era (porque fica sempre bem citar Nirvana), mas a verdade é que não sou o homem e meio que devia ser neste momento.

terça-feira, maio 18, 2010

Tabaco Russo

Pensei hoje enquanto deambolava na rua, que a piada de fumar se deve resumir à montanha russa que um cigarro proporciona.

Estou eufórico, estou sobressaltado, sinto-me como merda, apetece-me desatar aos murros no meu colega do lado. Que fazer?
Felizmente há uma solução. Tabaco.

Logo no primeiro trago sinto a tranquilidade a apoderar-se mim, e logo encontro o meu oásis de novo.

Desconfio que seja isto que se passe no inconsciente de cada drogadito que fuma. Podem haver muitas desculpas: é um hábito, é o corpo que pede o cigarro, questões sociais. Mas no fundo, é isto. Uma montanha russa causada de forma artificial durante 20 vezes ao dia.

Necessidade estúpida esta, que cada um de nós tem. Ninguém consegue estar muito tempo no pico da felicidade. Não dá. Há algo que nos impele nesse momento para os abismos, para podermos dar valor a essa felicidade. Creio que foi isso que me aconteceu. Estava demasiado feliz. Precisava de miséria. O engraçado é que me custou imenso me afundar, mas agora que estou a renascer de novo, sinto que foi uma atitude muito estúpida da minha parte. Deveria lá ter ficado no topo, é lá o meu lugar, e não nas slums da vida. Já dei mais que provas e já lutei muito para subir ao topo, e agora, não me vou permitir outra vez outra descida. Sei que sou digno de um lugar no topo, sei que mais do que querer, eu tenho de estar lá!

Chega de fraquezas, que isto não é o meu forte. Para cima é que é caminho!!!

Botão

Na hilariante série "Futurama", havia um episódio em que o Bender tenta por termo à sua vida numa Stop-and-Drop Suicide Booth. Que conceito genial.

Foram várias as vezes que fantasiei um botão que tivéssemos algures escondido no corpo, que ao ser carregado nos iria desligar de forma suave e indolor. Para sempre.


Acontece que o nosso corpo é resiliente e foi feito para durar. O nosso cérebro por exemplo está sempre ligado, nunca descansa. Mesmo quando dormimos não nos conseguimos livrar da nossa consciência. Aliás, apenas uma ou duas pessoas no mundo deverão conseguir desligar de forma total o seu cérebro, de forma a que a sua mente fique completamente limpa.

O nosso corpo não pára e não desiste de forma alguma. Se nos magoamos, nos avisa que temos de fazer algo para remediar isso. Se estamos numa situação de perigo, faz override à nossa consciência e entra em piloto automático. Se ele se apercebe que está numa ravina, ao pé de uma cobra, perto da morte, dissemina o medo dentro de nós para nos afastar dessa situação prontamente.

O corpo não desiste. Mas a alma por vezes cede.


Na próxima conversa intima e profunda que tiver com alguém, lhe irei perguntar sobre o botão. O que faria se houvesse um botão?

Pois eu já teria uma resposta na ponta da língua se me fizessem tal pertunta. Se tal botão existisse, eu já o teria carregado. Várias vezes.

quinta-feira, abril 22, 2010

Perto do fundo

Hoje, posso garantir que me aproximei bastante do fundo.

Se estas passadas semanas, ou meses, nem sei.. se neste últimos tempos eu já tenho andado num estado lastimável, no que à alma se refere, pois hoje... hoje estou mais perto do fundo. Ainda não bati lá, mas já o vejo.

É um sitio familiar no qual já passei uns bons tempos, mas do qual senti ter emigrado. Me tinha esquecido do que era sentir o fundo, do que era cheirar o fundo, do que era estar num buraco tão fundo, no qual tinha de ser eu a fazer a minha própria corda para me poder puxar até sítios mais solarengos. Qual filho pródigo, cá estou eu de novo, perto de casa.

Dizia eu às pessoas que me eram queridas, que não era nada, que não sou de ferro e fraquezas acontecem, que eu só precisava de algum tempo para resolver os meus tumultos interiores. Quem me conhece sabia que era tudo treta, e que só estava a tentar impingir uma mentira para que eu próprio a pudesse absorver também. Mentiras. Tudo mentira.

Mentira é que agora parece ter sido o meu voo efémero. Mentira parece ter sido o que senti, fiz sentir, o que acreditei e fiz acreditar. Mentira parece ter sido a minha vida.

A verdade, e já o disse aqui, a verdade é sempre dolorosa, demasiado real, demasiado crua, demasiado verdade. Felizes são loucos. Fui louco e gostei. Só gostava de o voltar a ser. Um louco que sabia que era louco e sabia onde a verdade repousava, não se atrevendo a olhar nos olhos dela, pois qual medusa, enfeitiça e transforma em pedra.

Pensei que estava tão alto, tão clarividente, que só um raio bem forte me poderia abater. Pois hoje está trovoada e a minhas nuvens choram.

sábado, abril 17, 2010

Blogues

Há blogues ridículos, foudasse!

Não digo que este não seja, porque é bem provável que sim, mas há blogues mesmo parvos.

quarta-feira, abril 07, 2010

Sprints

Cheguei hoje à conclusão que o sucesso na vida está no saber fazer sprints.

Por exemplo, o leitor entra num grupo cujo o objectivo é, sei lá, vender enciclopédias. Há duas abordagens para isto:
  1. Durante os primeiros meses se esforça até ao limite do impossível para vender o maior número de enciclopédias, ganhar contactos, fica extasiado com o trabalho, envolve membros da família e amigos e mostra aos seus colegas que também vendem enciclopédias (e seu chefe) que adora este trabalho e que tem o maior orgulho no que faz e tem até ideias para a inovação do mundo da venda de enciclopédias. Quando até que enfim lhe é dada a promoção, digamos, 4 meses depois, se retira desse trabalho, argumentando que tem outros projectos que quer realizar. Resultado? Fica reconhecido como empregado do ano, é promovido, condecorado e idolatrado pela seu compromisso. Quem sabe até, um dos seus colegas não se lembre de si 1 ano depois, para lhe propor um emprego extraordinário, pois é necessário alguém com a sua vivacidade e iniciativa para um cargo de topo.
  2. Não liga muito ao trabalho, e deixa os meses passar. Passados 7 meses recebe a sua promoção, pois a idade também é um cargo, recebe um bocadinho e recebe umas palmadinhas nas costas dos seus colegas. Resultado? Ninguém realmente reparou em si, pois apenas se limitou a fazer o seu trabalho. Além disso, se consumiu todos os dias por um trabalho que não lhe dava algum prazer, enquanto se regia por objectivos medíocres.
A opção é claramente mais vantajosa, e além disso tem um outro efeito secundário vantajoso: a paz de alma. O saber que fez tudo o que poderia ter feito e que deu corpo e alma nesse momento.

Com uns sprints bem equacionado, é possível percorrer mais e melhores caminhos do que um maratonista com palas de burro.

sexta-feira, março 19, 2010

sexta-feira, março 05, 2010

O mundo é o meu recreio

Dá-me uma excitação quase ridícula este pensamento: posso criar tudo o que eu quiser, basta saber como.

Imagem a sensação que o homem primitivo obteve quando que, para seu pavor, ao aquecer um pedaço de minério, ele se derrete e ao arrefecer ganha outra forma. Os seus antepassados, no entanto, podiam ter o minério numa mão e uma fogueira bem quente e nunca se lembrariam de juntar os dois.

O acontece hoje em dia é que temos uma multiplicidade enorme de eventos que podemos interligar, e que por sua vez podem ter um resultado nunca antes pensado, e é isso que me dá tanta alegria. Há tanto que ainda se pode explorar e experimentar, que só nos podemos considerar uns sortudos de ter o poder se fazer o que bem quisermos.

O futuro está mesmo aí!

Mestres e alunos

A primeira diarreia cerebral de hoje tem a ver com a relação mestre - alunos.

Acho engraçado que a atitude de um mestre perante a sua turma se reflicta directamente na forma de estar de seus alunos.

Exemplo: o mestre falta muito alto, pede constantemente a atençao de seus alunos e os critica por serem mal disciplicanados. No que resulta? Uma turma barulhenta, que realmente tem dificuldades em manter a sua concentração e são mal comportados. Porque afinal, é isto que o mestre espera deles.

No entanto, no caso de um mestre calmo e dedicado, que passe os seus conhecimentos de forma metódica e sem histerismos, tem nesse caso uma turma atenta.

Não é linear como é óbvio, mas o poder que um mestre tem é fantástico e me dá uma grande vontade de em alguma altura da minha vida poder ensinar algo. Deve ser uma experiência fantástica!

sábado, fevereiro 20, 2010

Jogo da cadeira

Temos que nos despachar a arranjar uma alma-gémea (ou algo parecido), senão acabam-se as cadeiras confortáveis e ficamos sentados no chão. Quem se senta, no entanto, é provável que nunca mais se levante, e aí deposite os seus restos mortais.

Neste jogo confesso, poderei perder, até porque falta-me a vontade de o jogar. Não me sentarei no chão no entanto. Irei mostrar o meu dedo do meio aos ávidos jogadores, lhes sugerindo que virem as cadeiras de pernas para o ar e se voltem a sentar nelas.

Vou procurar outros desafios. Jogos mais aliciantes. Jogos que não envolvam apodrecer num pedestal dourado. Jogos que me façam sentir vivo.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Ciúmes

ciúme
s. m.
1. Receio ou despeito de certos afectos! alheios não serem exclusivamente para nós.
2. Inveja.
3. Receio.

Parece que estou num pesadelo que teima em não acabar. Um pesadelo que me persegue nos sonhos e fora deles.

Estou a morrer de ciúmes de uma pessoa que vejo no dia-a-dia, e não o consigo controlar. Simplesmente não consigo. Mesmo dizendo a mim próprio várias vezes que não existe uma explicação racional para o que eu sinto, essa sensação teima em me percorrer os membros de forma descontrolada. Irra!

Esta situação me fez repensar vários aspectos da minha vida, tal como a importância que essa pessoa foi tendo para mim nos últimos tempos. Uma importância demasiado grande para alguém que nunca poderá estar demasiado perto de mim.

Fez-me pensar que eu preciso de alguém com possa partilhar as minhas aventuras, os meus pensamentos, ou seja, alguém que me dê a a afirmação de que eu sou realemnte importante, ou que ao menos me faça sentir assim.

Preciso de alguém que me afirme. Preciso alguém que me apoie. Preciso de alguém que ouça.

Procurarei ajuda num consultório de psicologia. Pois por ora, só aí conseguirei extravasar esta enchente de ideias, pensamentos e loucuras que fermento dentro de mim.




Hoje percebo a palavra que vem no dicionário. Hoje percebo o ciúme.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Vida de cão

O cães são seres fantásticos! Comem, dormem, brincam e praticam a queca mágica de forma recorrente. Maravilhoso.

No entanto, não têm a necessidade de juntar com um membro do sexo oposto durante um longo período de tempo para se sentirem completos. A única coisa que precisam é de um dono que lhes dê atenção, comida, abrigo e divertimento. That's it. É fácil, é cómodo, não dá dores de cabeça.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Sexo, amor, paixão

Vou fazer um cartaz publicitário para pendurar ao pescoço. Dirá:
"Procuro sexo indiscriminado"

Com o seguinte subtítulo:
"Amor? Isso arranjo noutro lado"

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Comunidades

Imagine uma comunidade em que não existem casais, mas grupos. Em que o termo família abrange mais do que a simples ligação genética. Uma comunidade em que um prédio não é um conjunto de apartamentos separados, mas sim uma espécie de "residência" em que cada individuo tem o seu espaço, embora o tenha completamente aberto a outros membros desse prédio.

É assim que eu vejo outro tipo de sociedade, uma sociedade realmente global. Onde a família ganha o significado actual de comunidade. E tenho a certeza que este tipo sociedade já existe actualmente, mas nunca tive o prazer poder experimenta-la.

Esta é uma tendência, que creio poder desenvolver-se daqui a 50 ou 100 anos. Tal como a sociedade de informação global que temos hoje em dia, onde os podres e segredos são cada vez mais expostos, onde os tabus vão desaparecendo devido ao conhecimento global de uma dada "verdade".

Vemos cada vez mais que as pessoas já não pretendem o casamento ou união, mas querem antes ser livres, pois têm a possibilidade para tal. Antigamente isto não acontecia, obviamente, porque a união com um terceiro e a criação de uma família vasta, não só iria ajudar economicamente o individuo, mas também lhe ia dar algo muito apreciado pelo ser humano: o conforto.


Na prática, como se poderia desenrolar esta sociedade?


Bom, para já os laços sanguíneos seriam postos em segundo plano, e todos os indivíduos seriam inseridos numa comunidade. Por exemplo, cada prédio seria um comunidade. Mas não um prédio como temos actualmente. Seria um prédio com vasta áreas comuns, que funcionariam como salas de estar ampliadas. Lá, todos os elementos desse prédio teriam um ponto de encontro comum.

Não haveriam casais, mas sim afinidades. Por exemplo, um homem poderia engravidar uma mulher, mas não estaria comprometido a ser o pai dessa criança, isto é, a comunidade inteira teria a responsabilidade de apadrinhar a criança. Ao nascer, ela iria ser cuidada não só pela mãe, mas pelas mulheres e homens disponíveis para o efeito, sendo que a criança iria ser acompanhada até ao fim da sua adolescência. A partir daí, ela teria a liberdade de sair durante o tempo que quisesse do espaço físico da comunidade, mas seria sempre bem acolhida nesse "prédio", pois lá é a sua comunidade natal.

Com isto, a vulgar traição, dogmas católicos, e outros aspectos que apenas prendem o ser humano seriam desfeitos, havendo uma maior liberdade, interajuda bem estar (tanto físico como da alma).


Ultimas palavras

Pode até ser uma ideia disparatada, mas tudo aponta que os valores familiares e a maneira como uma família é construída hoje em dia, entre de facto em grande mutação nos próximos anos.

domingo, janeiro 10, 2010

Drive

Não sou, nem espero nunca ser, daquelas pessoas que dá logo a conhecer e se gaba dos seus feitos. Eu acredito que se fazemos algo bem, alguém irá notar e passar a palavra. Se por acaso essa boa apreciação nossa nos chegar aos ouvidos, então aí temos a certeza de que fizemos algo acertado, pois o elogio é sincero.

O meu trabalho fala por mim. E se ele é mau, ele será esquecido e me encarregarei de o meter no lixo. Se ele porventura for bom, alguém o irá citar, copiar e elogiar.

Apercebo-me que um dos meus grandes "drives" é surpreender pessoas que me olham com desdém. Sinto que as pessoas que me conhecem bem e profundamente, elas me reconhecem, me premeiam, me amam, gostam de mim. Essas foram as pessoas que me descobriram e percorreram um caminho até mim. As outras, bom.. espero que me encontrem. Irei segurar uma vela para tenham uma noção do caminho que têm de percorrer. E aí irei ver a sua cara surpresa, na luz intermitente.

sábado, janeiro 09, 2010

Frágil

Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
E não me dou a ninguém

(...)

Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out

(...)

Frágil
Eu sinto-me frágil


A letra é da música do Jorge Palma. Frágil.

Sinto-me assim hoje. Que seja a última vez.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Parar é morrer

Encontrei uma teoria engraçada de que o corpo humano poderá, na teoria, durar uma infinidade de tempo. Digamos que a fasquia poderia estar colocada nos 150 anos. Ridículo? Talvez nem tanto.

Ainda há poucos anos, a esperança média de vida de um individuo estaria colocada nos 40 anos, enquanto que hoje em dia 75 estão quase garantidos. Se aprofundarmos melhor este pensamento, veremos que as pessoas antigamente morriam na sua maioria devido a infecções ou causas de morte relacionadas com a sub-nutrição, guerras ou falta de cuidados de higiene.

Hoje em dia temos os problemas cardio-respiratórios e SIDA são os maiores ceifadores de vidas. São apontadas como grandes causas destes problemas a má alimentação e estilo de vida. Mais ainda, é expectável que a probabilidade de contrair um cancro seja 50% maior em 2020. Isto claramente aponta que o tabaco, a comida rápida, a vida rápida e stressante, os produtos químicos nocivos que usamos inconscientemente no nosso dia a dia são a causa maior do desfalecimento do corpo.

No entanto, o corpo envelhece, parecendo que desistir da luta ao longo do tempo. Verdade. Mesmo assim, seria teoricamente possível chegar aos 150.

Imaginemos que levamos a vida positivamente, sem cometer grandes excessos, zelando pelo nosso corpo e alma. Imaginemos que a vida não tem de acabar aos 60. Imaginemos que a reforma não é um objectivo, mas uma esmola. Imaginemos que temos toda uma vida para aproveitar.

Haverá melhor exemplo que Manuel de Oliveira? Quem o ouve, de certo não pensa que ele tem para cima de 100 anos, pois sua vitalidade faria inveja a muitos jovens. Senão vejamos estas frases sábias ditas pelo mestre, quando lhe é perguntada qual é solução para a crise actual:
Parar é morrer e isto é aplicável hoje. O pior de tudo é parar, quer dizer, não se fazerem coisas, não se fazer nada, ficar com medo, retrair-se, etc. Esta ideia do povo, diante da crise, correr a tirar o dinheiro dos bancos, com medo de o perder, agrava terrivelmente a situação. É um erro parar, não continuar a despertar as coisas.

É simples, é prático, é genial.

Só paro nos 150!