A minha vida é um castelo de cartas, e eu estou sentado numa cadeirinha de praia com riscas azuis e brancas, com um charuto na mão, a vê-lo cair.
Em algumas partes do castelinho, substitui suas cartas por pessoas. Pensava eu(!) que fossem fundações sólidas, nas quais eu pudesse confiar, mas logo trataram de abandonar o seu posto assim que viram a chuva de cartas que jorravam na sua cabeça.
Passam alguns turistas que tiram uma ou duas fotos, para que mais tarde possam dizer a seus amigos que viram tal espectáculo.
Resta apenas um bloco pequeno e consistente de cartas. Essas, nem um tufão as poderia tirar do lugar.
Levanto-me da minha cadeira de praia e apago o charuto pestilento. Está na altura de limpar os destroços e reconstruir mais uma vez o que foi outrora um belo castelo.
(E sim, é falta de sexo)
2 comentários:
Navegar é preciso - quem dá a próxima cartada? ok, dou eu... o meu blog também se sitia no lado esquerdo da alma, também com bela vista para os escombros. se quiseres fazer hoje a ronda estás convidado. cumprimentos
"fall off the table, get swept under.
denial.. denial
forget about your house of cards
and i'll do mine"
cada um com o seu baralho.. right?
reservo me no entanto à liberdade de ter vários baralhos diferentes, e escolher só as cartas de espadas. só porque gosto mais delas.
supeito que um dia cairão tao (in)dignas como outras quaisquer.
*m
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