quarta-feira, abril 07, 2010

Sprints

Cheguei hoje à conclusão que o sucesso na vida está no saber fazer sprints.

Por exemplo, o leitor entra num grupo cujo o objectivo é, sei lá, vender enciclopédias. Há duas abordagens para isto:
  1. Durante os primeiros meses se esforça até ao limite do impossível para vender o maior número de enciclopédias, ganhar contactos, fica extasiado com o trabalho, envolve membros da família e amigos e mostra aos seus colegas que também vendem enciclopédias (e seu chefe) que adora este trabalho e que tem o maior orgulho no que faz e tem até ideias para a inovação do mundo da venda de enciclopédias. Quando até que enfim lhe é dada a promoção, digamos, 4 meses depois, se retira desse trabalho, argumentando que tem outros projectos que quer realizar. Resultado? Fica reconhecido como empregado do ano, é promovido, condecorado e idolatrado pela seu compromisso. Quem sabe até, um dos seus colegas não se lembre de si 1 ano depois, para lhe propor um emprego extraordinário, pois é necessário alguém com a sua vivacidade e iniciativa para um cargo de topo.
  2. Não liga muito ao trabalho, e deixa os meses passar. Passados 7 meses recebe a sua promoção, pois a idade também é um cargo, recebe um bocadinho e recebe umas palmadinhas nas costas dos seus colegas. Resultado? Ninguém realmente reparou em si, pois apenas se limitou a fazer o seu trabalho. Além disso, se consumiu todos os dias por um trabalho que não lhe dava algum prazer, enquanto se regia por objectivos medíocres.
A opção é claramente mais vantajosa, e além disso tem um outro efeito secundário vantajoso: a paz de alma. O saber que fez tudo o que poderia ter feito e que deu corpo e alma nesse momento.

Com uns sprints bem equacionado, é possível percorrer mais e melhores caminhos do que um maratonista com palas de burro.

Sem comentários: