segunda-feira, janeiro 11, 2010

Comunidades

Imagine uma comunidade em que não existem casais, mas grupos. Em que o termo família abrange mais do que a simples ligação genética. Uma comunidade em que um prédio não é um conjunto de apartamentos separados, mas sim uma espécie de "residência" em que cada individuo tem o seu espaço, embora o tenha completamente aberto a outros membros desse prédio.

É assim que eu vejo outro tipo de sociedade, uma sociedade realmente global. Onde a família ganha o significado actual de comunidade. E tenho a certeza que este tipo sociedade já existe actualmente, mas nunca tive o prazer poder experimenta-la.

Esta é uma tendência, que creio poder desenvolver-se daqui a 50 ou 100 anos. Tal como a sociedade de informação global que temos hoje em dia, onde os podres e segredos são cada vez mais expostos, onde os tabus vão desaparecendo devido ao conhecimento global de uma dada "verdade".

Vemos cada vez mais que as pessoas já não pretendem o casamento ou união, mas querem antes ser livres, pois têm a possibilidade para tal. Antigamente isto não acontecia, obviamente, porque a união com um terceiro e a criação de uma família vasta, não só iria ajudar economicamente o individuo, mas também lhe ia dar algo muito apreciado pelo ser humano: o conforto.


Na prática, como se poderia desenrolar esta sociedade?


Bom, para já os laços sanguíneos seriam postos em segundo plano, e todos os indivíduos seriam inseridos numa comunidade. Por exemplo, cada prédio seria um comunidade. Mas não um prédio como temos actualmente. Seria um prédio com vasta áreas comuns, que funcionariam como salas de estar ampliadas. Lá, todos os elementos desse prédio teriam um ponto de encontro comum.

Não haveriam casais, mas sim afinidades. Por exemplo, um homem poderia engravidar uma mulher, mas não estaria comprometido a ser o pai dessa criança, isto é, a comunidade inteira teria a responsabilidade de apadrinhar a criança. Ao nascer, ela iria ser cuidada não só pela mãe, mas pelas mulheres e homens disponíveis para o efeito, sendo que a criança iria ser acompanhada até ao fim da sua adolescência. A partir daí, ela teria a liberdade de sair durante o tempo que quisesse do espaço físico da comunidade, mas seria sempre bem acolhida nesse "prédio", pois lá é a sua comunidade natal.

Com isto, a vulgar traição, dogmas católicos, e outros aspectos que apenas prendem o ser humano seriam desfeitos, havendo uma maior liberdade, interajuda bem estar (tanto físico como da alma).


Ultimas palavras

Pode até ser uma ideia disparatada, mas tudo aponta que os valores familiares e a maneira como uma família é construída hoje em dia, entre de facto em grande mutação nos próximos anos.

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